COMO PODEMOS AJUDAR

População LGBTQIA+
A população LGBTQIA+ pode ser ajudada a se reestruturar cognitiva, comportamental e emocionalmente, permitindo outras visões de si, do mundo e do futuro, desenvolvendo estratégias assertivas de enfrentamento às adversidades. Ajudar no fortalecimento psíquico para o enfrentamento diário do preconceito, da exclusão, da violação de seus direitos e dificuldades de acesso à educação e ao mercado de trabalho. A terapia serve como apoio para lidar com relacionamentos, homofobia, transfobia e autoafirmação.

População Negra
Os efeitos do racismo na saúde mental da população racializada são questões fundamentais para serem tratadas em terapia. Pessoas negras têm particularidades mais severamente comprometidas por conta do racismo estrutural. A terapia que considera as questões étnico-raciais reconhece as experiências de silenciamento, invisibilização, deslegitimação, desumanização e portanto, deve oferecer um lugar seguro, humanizado e que permita a construção de estratégias contra o racismo.

Mulheres em vulnerabilidade emocional
Entendemos por vulnerável todas aquelas pessoas que podem ser lesionadas, feridas. As mulheres, historicamente, ainda enfrentam cenários desiguais, seja na divisão das tarefas domésticas ou nos ganhos salariais, sendo delegados a elas papéis, comportamentos e oportunidades estruturalmente diferentes daqueles experimentados pelos homens. Estão mais vulneráveis pois assumem uma sobrecarga de papéis frente às dificuldades sociais, econômicas e de violência. Estas dificuldades, por um lado desencadeiam frustrações, medos e baixa autoestima, e por outro, coragem e perseverança. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada cinco mulheres apresenta algum tipo de transtorno psíquico, sendo que a depressão atinge mais do que o dobro de mulheres em relação aos homens. A discriminação de gênero, a desigualdade salarial, a tripla jornada de trabalho que inclui o trabalho doméstico e a criação dos filhos, a violência psicológica, fisica, sexual e institucional, os relacionamentos abusivos e a cultura machista, causam um sofrimento psiquico muitas vezes invisibilizado. A psicoterapia ajuda na identificação desse ciclo das violências a partir do reconhecimento e conscientização das diferentes formas de violência, psicológica, moral, patrimonial, física ou sexual, contando com um ambiente livre de julgamentos.

Trabalhadores com sofrimentos relacionados ao trabalho
As formas de trabalhar e a ausência de trabalho causam grandes impactos na saúde mental. Altos níveis de exigência, medo de não corresponder às expectativas, medo de perder o emprego, contratos informais, subemprego e introdução de novas tecnologias, assédio moral, violências, movimentos repetitivos, muitas vezes fazem com que os trabalhadores permaneçam em seus empregos mesmo que precários. Cada pessoa vai reagir de forma diferente em cada situação de trabalho, mas sabemos que trabalhar sob pressão, sem possibilidade de interação social, em ambientes competitivos, com metas inatingíveis, com sobrecarga de trabalho, sob vigilância e ameaças de violência ou constrangimento moral, levam ao adoecimento psíquico. A não identificação com a carreira escolhida ou ainda o sofrimento pela necessidade de escolha de uma carreira, pode trazer sofrimento psíquico, principalmente em adolescentes e adultos jovens. A escuta cuidadosa desse sofrimento através da terapia permite o reconhecimento desses sofrimentos e a busca de uma nova posição diante da dor e dos direitos.

Idosos
A psicoterapia é uma intervenção eficaz para a população idosa, ajudando a lidar com problemas emocionais e psicológicos associados ao envelhecimento, como a “síndrome do ninho vazio”, depressão, ansiedade, solidão e isolamento social. A terapia pode ajudar idosos a melhorar sua qualidade de vida, autoestima, habilidades sociais e relacionamentos interpessoais, além de fornecer um espaço seguro para expressar seus sentimentos e experiências. É importante que o/a terapeuta tenha conhecimento e sensibilidade em relação às particularidades do processo de envelhecimento e da cultura do/a idosa. A psicoterapia vai permitir uma narrativa que contemplem o alívio e reposicionamento nesse novo tempo, apostando que “os sonhos não envelhecem”, no afeto, na criação e na produção.

Adolescentes
A adolescência é uma fase de muitas mudanças, de busca de novas identificações, na qual os conflitos com os pais se reeditam e precisam de um apoio psicoterápico, principalmente nas questões de gênero, orientação sexual e vocacional. A e-Terapia pode ser uma opção útil para adolescentes que enfrentam problemas emocionais e psicológicos como ansiedade, depressão, estresse ou problemas de relacionamento. Oferece maior flexibilidade e acessibilidade permitindo que os/as adolescentes se envolvam no processo terapêutico de maneira mais confortável.

Migrantes e imigrantes
Assistimos, no mundo todo, a intensificação dos deslocamentos de pessoas que deixam seus locais de origem em busca de outros países, enfrentando situações extremas tanto antes do processo migratório, como durante e após a chegada em novo território. Estes deslocamentos geralmente são contra a vontade e são decorrentes de ameaças à vida, como resultado de conflitos políticos, ideológicos, étnicos, religiosos, além de miséria extrema ou por questões ambientais. Nos ultimos anos, observamos uma movimentação migratória para dentro e para fora do Brasil na busca de alternativas no mercado de trabalho. Este movimento de trabalhadores ou de membros da força de trabalho em resposta a oportunidades de emprego é denominado migração laboral. Na maioria das vezes a migração não é uma escolha, mas sim, uma necessidade que afeta a vida de muitas famílias, que deixam filhos e parceiros para trás passando por situações perigosas e dolorosas em busca de um futuro econômico melhor. Nesse cenário, a migração laboral é uma esperança tanto para aqueles que vão como para os que ficam. Os trabalhadores migrantes podem ficar vulneráveis ​​a abusos e exploração durante a migração devido a fatores como recrutamento antiético, status da migração, medo de deportação ou incapacidade de encontrar emprego alternativo, Pessoas em condição de migração apresentam uma condição de vulnerabilidade psíquica, provocada pelo distanciamento com a cultura de origem e a necessidade de adaptação ao país de acolhimento, o que viria a dificultar o bem-estar psicológico. Oferecemos atendimento a todos aqueles que precisem ser escutados para elaborar os efeitos da imigração: deslocamentos, diferenças culturais e étnicas, nova língua e referências sociais e culturais, constituição de novos laços familiares e sociais, preconceito, discriminação, violências e dificuldades de inserção social a do serviço presencial.